domingo, 12 de janeiro de 2014

Precisa-se acção para testar capacetes da polícia.

Polícia vai ficar ainda melhor equipada. Jan.2014

A notícia não diz qual o peso que os coletes à prova de bala e os capacetes da PSP têm na balança comercial. Diz que importamos tal equipamento e que vamos produzi-lo em Portugal, com inovação e parcerias entre a universidade e as empresas.

Substituir importações por fabrico nacional dizem que é bom, e, já que não se aplica à produção de kiwis e outros alimentos importados desnecessariamente, que se aplique aos plásticos - até à comida de plástico.

Para além de investigação na área, temos habilidade em design nacional capaz de criar fatiotas para polícia de choque, masculino e feminino, a preceito das várias culturas e modas.

Trajes para os trópicos, para as zonas temperadas e as outras; estampados para África, cores cruas para a Indochina, de riscas finas verticais para a europa e largas horizontais para a Tunísia, burcas cintadas ou acentuadas conforme o desejo dos príncipes. Temos negócio.

O único senão, que o cluster português do equipamento de dar porrada, sem sofrer amolgadelas nem desengomar, é o ensaio do produto.

A PSP ofereceu-se para fazer uma calendarização da experimentação, mas suponho que estão a ser voluntariosos. A PSP sabe lá se daqui a dois anos e meio (é o prazo) tem manifestações onde possa arrear, esvoaçando invulneráveis com a leveza das novas vestes de super-heróis?

O mercado da violência de rua anda deficitário.

Brutalidade continuará a ser os pivôs e comentadores das televisões, mas não se vê que vantagem tem um ensaio de uma marrada, melhor… que um polícia invista (para usar uma linguagem empreendedora) contra um LCD ou um plasma.

A não ser que usem uma estratégia que já deu frutos (infelizmente esses frutos não dão para exportar pois o mundo está cheio deles) que é… infiltrar umas manifestações pacíficas com agentes provocadores que iniciem as hostilidades.

Se alguém der por isso, pergunte aos paisanos se é para o teste. Se for, desculpem-nos. É para bem do equilíbrio da balança comercial, é para substituir importações, é para aumentar as exportações e pagar a dívida com o excedente.

É só mais um esforço, se já demos a bolsa e o emprego, não vamos ser queixinhas por levar um enxerto.

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