terça-feira, 20 de agosto de 2013

Egipto. O fim das primaveras árabes.

Egipto revoluções e ditaduras.Ago.2013

As revoluções que nunca o foram têm desfechos decepcionantes, aquilo a que se chamou “primavera árabe” está a resultar em caos, destruição de vidas, países e civilizações. 

O que o “ocidente” promoveu (e persiste em fomentar) no Norte de África e Médio Oriente são os actos mais criminosos - provocados pela ingerência estrangeira - registados no pós-guerra. 

Os Estados Unidos, Israel e União Europeia, sabiam que o modelo de democracia ocidental não ia resultar nos países destruídos, como o Iraque e a Líbia, em devastação como a Síria e o Egipto, ou na Tunísia em fase de terrorismo de Estado islamista. A aliança do “ocidente” com as ditaduras do golfo e organizações islâmicas radicais para alterar o poder na região, algum dele até pouco adverso, não deu nem mais democracia nem governabilidade; originou ditaduras teocráticas (eleitas), guerras civis, desmembramento de países. 

A desordem instalada, inicialmente conveniente para o “ocidente” e seus aliados, está fora de controlo. Desde a guerra do Iraque que fazem de aprendizes de feiticeiro; as prisões de uns, como o líder da Irmandade Muçulmana Mohammed Badie e a libertação de outros como a anunciada de Hosni Mubarak, são remendos numa situação de difícil restauro, não há retorno ao período pré-primaveras árabes nem se vislumbra, a curto prazo, uma saída pacificadora e democrática para aquelas gentes.

Mas o “ocidente” ainda pode piorar as coisas no Egipto, cedendo à tentação de armar a oposição caso perca a influência que tem no exército. A instabilidade foi semeada e vinga na região, não há revoluções ou processos democráticos, apenas e só incertezas.

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1 comentário:

Anónimo disse...

A cada manifestação uma revolução? O caso egipcio é complicado, nem os apoios de uma ou outra solução são muito diferentes. Não sabem o que querem ou querem o impossivel.