terça-feira, 16 de julho de 2013

Grécia. Tsipras eleito líder do Syriza unificado.

oclarinet.blogspot.com - Congresso do Syriza elege Alexis Tsipras. Jul.2013

Tsipras foi eleito líder, no congresso fundador do Syriza como partido unificado, que terminou este domingo. A minoria de eurocépticos registou uma subida significativa.

O congresso da maior organização da esquerda grega, que passou de 4% de votos em 2009 para 27% o ano passado, ocorre em profunda crise. A taxa de desemprego na Grécia é de 27,4 – mais do dobro de 2010, no início do primeiro resgate – devendo manter-se, segundo o FMI, acima de 21% até 2016.

A Grécia é um país destruído pela inoperância europeia e pelas medidas da troika, onde a juntar à crise da divida pública e crise bancária há uma crise política de representação. A recomposição partidária tem encaminhado a Nova Democracia mais para a direita e aumentado a ameaça fascista. A crise é também a crise do centro político e a ascensão dos extremos.

O Syriza, agora o maior opositor de esquerda, deu o passo para deixar de ser uma coligação de muitas fracções e passar a partido unificado, no entanto permanece a oposição interna organizada e estratégias políticas divergentes.

A principal corrente de oposição à direcção agora eleita, a Plataforma de Esquerda, de Panagiotis Lafazanis, elegeu mais de 30% do Comité central. Acresce que 20% dos delegados votaram em branco e que não houve nenhum candidato forte em oposição a Tsipras. Poderá significar dificuldades para a gestão interna do (agora partido) Syriza.

Enquanto a maioria do Syriza quer a remissão parcial da divida e o não pagamento temporal de juros, para o grupo minoritário de Lafazanis, a Grécia devia cancelar unilateralmente a divida e sair da Zona Euro.

Nota: Panagiotis Lafazanis, porta-voz parlamentar do Syriza, é um histórico da luta contra a ditadura, ex-dirigente do Partido Comunista Grego e parlamentar pelo Synaspismos (ver partidos gregos) em 2000. Em 2007 e 2009 foi reeleito pelo Syriza.

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1 comentário:

A.Rodrigues disse...

Para nós é mais interessante acompanhar o que se passa na Grécia que em qualquer outro lado. Com algum atraso a nossa situação segue o caminho grego, por mais que nos queiram ligar à Irlanda.