quarta-feira, 22 de maio de 2013

Alemanha dá emprego e tira vantagens do desemprego.

Alemanha escolhe mão-de-obra no desemprego que criou na Europa. Mai. 2013
Os enceradores de soalhos – guache de Malevitch

Espanha vai colocar 5000 jovens por ano no mercado de trabalho alemão.

A solução encontrada pelo governo de Mariano Rajoy para o desemprego jovem, que se cifra em 56% da população activa espanhola com menos de 25 anos, é emigrar. Também!

O movimento migratório de quadros desempregados europeus, para a Alemanha, obedece à estratégia de Ângela Merkel, de assim suprir as necessidades da sua economia. Há um ano (aqui) definiu esse plano e explanou-o numa reunião de líderes europeus em Bruxelas.

Dois meses antes (aqui) a preocupação do governo Merkel era de readmitir trabalhadores alemães já reformados, e seduzir os que estavam a atingir a idade da reforma a ficarem nas empresas, (com alguma flexibilidade laboral).

O desemprego na Europa, que a política de austeridade imposta pela Alemanha aumentou sobremaneira, serve os interesses alemães e só alemães. A circulação de jovens pelo mercado europeu de trabalho seria até vantajoso para os países de origem, se não fosse em massa, se feito na perspectiva de regresso, e numa realidade de economias mais equilibradas.

Mas o panorama das economias do sul não caminha para a estabilidade. A pós-troika independente e viável não existe - continuando na Zona Euro; com mais divida, juros mais altos, e menos economia, não vamos lá.

Quem sair da sua terra, não volta tão cedo e muitos jamais voltarão. Como dizia aqui há dois meses, a mobilidade faz-se num só sentido, desnatando de quadros os países do sul, quadros esses que custaram uma boa parte da divida desses países a formar. 

À Alemanha, fica-lhe bastante mais barato utilizar os quadros formados no estrangeiro, com o dinheiro dos contribuintes e dos pais dos jovens, das economias agora em dificuldades.

O Estado germânico está a ganhar com o afundamento de outras economias europeias. Sou dos convictos, de que Portugal não inverte a sua situação enquanto não sair do euro (AQUI).

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2 comentários:

margem s disse...

Levam os juros agiotas dos empréstimos, levam os depósitos acima de 100mil euros, levam os jovens e quadros, e agora há um banco alemão que vai entrar no capital das PMEs portuguesas e espanholas. Sem Panzers, só com a ajuda de uns traidores no governo e em Belém.

Carlos Leça da Veiga disse...

Em boa verdade, o que a Germânia está a fazer é o que Hitler fez durante a Segunda Grande Guerra e não tem a despesa do transporte.
Desta vez fica-lhe mais em conta usar a burla da União Europeia/IV Reich para tentar repetir a sua ambição de dominar toda a Europa.
O mais grave é se chega a ter autoridade sobre a nossa fachada atlântica e, agora, para isso tem aqui um governo completamente servil.