sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ir aos mercados? Portugal desenganado pela troika.

oclarinet.blogspot.com Sair do Euro.Abr 2013

O acesso de Portugal aos mercados tem uma avaliação pessimista da troika.

O jornal Público cita um relatório obtido pelo Financial Times, onde a troika e o FEEF dizem, “nesta fase, o acesso de Portugal aos mercados apenas pode ser considerado como limitado e oportunístico”. Portugal só tem atraído investidores especulativos.

Continuo a citar: “Esta avaliação pessimista deve-se essencialmente a três fragilidades nacionais: os elevados montantes de divida que Portugal terá de emitir nos próximos anos, o rating (a classificação do risco da divida pública) abaixo do nível de investimento e as características dos investidores que estão neste momento a mostrar interesse em Portugal”. 

Uma vez que a troika afirma que fazer as emissões de divida, “pode ser demasiado exigente sem uma melhoria dos ratings de Portugal e a criação de uma base estável de investidores”, sabemos de antemão que qualquer decisão do Eurogrupo sobre Portugal é para consumo interno e guia de risco dos especuladores. Mentiram-nos acerca dos mercados.

Investidores sérios não metem dinheiro em países cuja economia está a ser destruída e o reembolso poderá ser de alto risco. Quem não cria riqueza dificilmente paga dividas.

Os esforços feitos até aqui, pelos portugueses, serviram apenas para resolver os problemas da banca nacional, mais a europeia, detentoras de divida portuguesa, e, encher os bolsos dos especuladores internacionais. 

A divida aumenta e “prospera” a destruição da nossa economia, tornando a divida impagável. O processo de pedir para pagar empréstimos enquanto a divida aumenta é suicidário e não terá fim aceitável para Portugal.

Quando se der atenção às vozes alternativas, será tarde. A sociedade portuguesa (e não só os políticos) espera milagres insistindo no trilho do desastre. 

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1 comentário:

ARJ disse...

Continua a vender-se a necessidade da austeridade para ir "normalmente" aos mercados, quando esses "mercados" no caso português têm sido fundamentalmente especuladores, como relata a própria Troika. Porque será que esta verdade não consta nas análises de todos os comentadores e dos partidos?