sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Acordo ortográfico fora do CCB. Tem graça, Graça Moura.

CCB.Fev.2012


Vasco Graça Moura, fez distribuir ontem à tarde uma circular interna, na qual dá instruções aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico.

Vasco Graça Moura, recém-nomeado presidente do Centro Cultural de Belém (CCB) mandou desinstalar os conversores informáticos que adaptam textos ao “Acordo Ortográfico” (AO). A escrita é como cá se conversa e os conversores vão “bater papo” para outro lado. A directiva tem o acordo unânime da actual direcção do CCB.

É louvável a iniciativa de Vasco Graça Moura, um notável homem de cultura com o qual não tenho qualquer sintonia política. Sempre estive nas antípodas das suas opções e guerras políticas, excepto no que à defesa da língua portuguesa diz respeito. Também eu recuso aplicar o último Acordo ortográfico.

O facto de Graça Moura espetar uma lança em defesa da língua portuguesa numa das montras mais importantes da cultura nacional, vai relançar a polémica sobre um tema impossível de gerar consenso. Decorre a subscrição da Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o AO, espera-se que esta acção permita acelerar a recolha de assinaturas.


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5 comentários:

Anónimo disse...

Eles andem aí.
Os velhos do Restelo.
Sempre os mesmos cada vez mais com mais avançada demência senil.
Cada vez mais absolutistas.
Eram estes que a aliança negativa queria de volta?
Boa, foi uma boa aliança para quanto pior melhor!
E ainda há mais :
eles andem por aí e trazom pedras!

Bic Laranja disse...

O comentário anterior não chega a ser é parvo. É parvoinho.
Mas toca num ponto. Ser velho (do Restelo ou doutro lado qualquer) é feio.
Foram os novíssimos do Restelo que o decretaram.
Cumpts.

Paulo Rato disse...

Como creio que sabes, não gosto de comentadores anónimos, sobretudo quando a imbecilidade do que escrevem não se coaduna com a cobardia com que foram dotados.
A oposição ao "Aborto Ortofágico" é das raras coisas em que estou de acordo com o VGM e indefectivelmente a seu lado.
Não me convencem os argumentos trôpegos - em geral despojados de qualquer cariz linguístico, mas cheios de insultos do tipo dos do "Anónimo" - avançados pelos defensores do AO(mesmo quando se intitulam linguistas, que é exactamente o que são os principais autores do "Aborto", bem como os principais autores dos pareceres de todas as entidades que deveriam ser - e foram - consultadas, pareceres unanimemente contrários ao "Aborto" e que, curiosamente, não foram tidos minimamente em conta pelas ignorantes aberrações que, na AR, o aprovaram, por (más) razões exclusivamente políticas.
De resto, a resposta que o leporídeo PM já deu a uma pergunta sobre esta acção de VGM, demonstra - se necessário fosse!... - que, além de a questão não ser para ele prioritária (prioritário é obedecer aos seus patrões "tróicos" e mostrar-se ainda mais diligente que o que lhe é exigido, como é apanágio de todos os medíocres, que nada mais têm para dar), nada sabe sobre ela (nem teria capacidade intelectual para isso), pelo que lhe resta invocar a "autoridade" da "Lei", que, se foi aprovada pela AR, é para ser obedecida. Na realidade, não lhe passa pelo bestunto que uma lei iníqua exige "resistência", o que é um direito consagrado no Art.º 21.º da Constituição (que a criatura também deve desconhecer).
A vantagem do Poder (sempre efémero, mesmo na Democracia meramente formal que temos) é que as criaturas a quem cabe pôr em prática estas tolices são, em grande maioria, acarneiradas, prontas a seguir o pastor de turno e respectivo cão-de-guarda: coisa que VGM, em definitivo, não é nem nunca foi, apesar das diatribes políticas pouco consistentes para que se deixa arrastar, em que as suas notáveis capacidades intelectuais surgem diminuídas (de facto, o que se passa, em meu entender, é que não é aquela a sua verdadeira área de intervenção).

Unknown disse...

Paulo Rato. Tenho dificuldade em apagar comentários, mesmo de anónimos que não dizem nada.
O chamado “Acordo Ortográfico” pode ser suspenso, nada é irreversível como está historicamente demonstrado. A “força da lei” tem a autoridade que a resistência à “lei mal feita” deixar.
Aceitar passivamente porque está feito e já não há nada a fazer é que não é aceitável, tudo pode ser mudado e há quem continue a lutar por isso.

António Gomes Marques disse...

Eu ainda não aderi ao AO e não me sinto para aí voltado. A língua portuguesa com os contributos dos vários países de língua oficial portuguesa é muitíssimo mais rica.
Quanto ao VGM, não entendo como podem coabitar na mesma pessoa o político trauliteiro, que chega a ser-me abjecto, e o romancista, o bom poeta e o excelente tradutor. Enfim, justifiquemos com a complexidade do ser humano, para ser simpático.