quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O preço do petróleo baixou esta semana.



Porque é que o preço dos combustíveis aumentou esta semana?

O preço do petróleo chegou o mês passado a “mínimos de dez anos”; está agora em “mínimos de onze anos”. Atingidos precisamente na semana em que as gasolineiras portuguesas aumentaram o preço dos combustíveis. Porquê?

Os órgãos de informação (!?) portugueses difundiram a semana passada, a patranha de que era “previsível uma inversão da tendência” na redução constante do preço do crude. Incompetentes e calões; é o mínimo que se pode dizer de tais “órgãos” e dos seus jornalistas.

Não era segredo o excesso de crude no mercado, a crise chinesa, o petróleo de xisto americano, e fundamentalmente o papel que a Arábia Saudita reserva ao seu petróleo como arma política. Sabia-se da confusão da última reunião da OPEP onde os países produtores não chegaram a acordo com os sauditas, para cortar na produção e parar a descida de preços.

É uma palermice grosseira difundir que a agudização do conflito entre a Arábia Saudita e o Irão desse em “inversão da tendência” de descida do preço do petróleo. Se não se entenderam quando mantinham relações é depois de aumentarem as declarações de ódio mútuo que se iriam entender? A Arábia Saudita extrai mais barato o crude e domina o preço de mercado.

O petróleo barato da Arábia Saudita é a estratégia para enfraquecer o Irão (e a Rússia) na disputa de domínio geoestratégico regional. Serve igualmente os interesses dos EUA na sua intervenção na política Venezuelana. Terá efeitos colaterais em outros países produtores, mas a guerra que o reino saudita trava está para durar. Previsível, é que ainda vai baixar mais os preços antes de quaisquer aumentos do petróleo. (O melhor é não atestar o depósito).

Porque é que os combustíveis aumentam em Portugal, quando já milhares de gasolineiras espanholas têm gasóleo abaixo de um euro, (habitualmente ela por ela)?

Os jornalistas apenas têm adormecido a opinião pública, não são os primeiros culpados de o governo português não fazer nada. O governo (de esquerda), a DECO, o ACP, e os etc; o amparo do Bloco e do PCP que ouvimos diariamente com as médias-pequenas-e-micro-empresas na boca, na pretensa defesa do emprego, estão a permitir que muitas das mais-valias do trabalho vão para os bolsos dos especuladores dos combustíveis, para os lucros excessivos na energia e nas telecomunicações, em portagens e outros “custos de contexto”.

Coisa pouca quando se anda de olhinhos fechados ou muito preocupado com a bola que não entra e o treinador que não sai. Para “lopeteguis e jezuses” há centenas de horas de televisão e dezenas de jornalistas especializados.

Ainda se espera o ano da mudança.


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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Aumentos - combustíveis. O novo governo não faz nada?


Aumenta hoje o preço da gasolina e do gasóleo.

Já superámos o queixume dos preços dos combustíveis “subirem mais e descerem menos”- habituámo-nos passivamente. Mas agora, quando têm sucedido descidas constantes do preço do crude, (sem que tenha havido correspondência parecida nos preços ao consumidor final) vir aumentar preços em nome de uma “previsível inversão da tendência” – é de mais.

Na semana passada recebi do site «maisgasolina.com» o seguinte texto:

“Está na altura de rever o ano que passou e as alterações que o mercado dos combustíveis sofreu. Os aumentos com a fiscalidade verde, a imposição dos combustíveis simples e as quedas continuadas na cotação do Brent.

Se no final de 2014 o valor do Brent estava abaixo dos 60 dólares, agora encontra-se nos 35 dólares, mas os preços não desceram o que deviam.

Números redondos usando a média anual de 2014 e comparando com a média anual de 2015, com dados até 27 de Dezembro, temos os seguintes resultados:

Cotação do Brent baixou 46%
Preço médio da gasolina 95 baixou 7%
Preço médio do gasóleo baixou 10%

Ainda existe uma grande diferença entre as descidas do petróleo e a redução que se vê nos preços na bomba, e nem os combustíveis simples vieram ajudar. Com uma redução de apenas 2 cêntimos em relação aos combustíveis aditivados, tendo aumentado esse mesmo valor 3 dias depois, os valores continuam acima do esperado.” Fim de citação (sublinhados oclarinet)

Não sei se as contas da «maisgasolina» são exactas, sei que não precisamos de uma Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis que apenas sirva de porta-voz de quem faz os aumentos, o preço base é incerto para diferentes distribuidores, logo, é necessário uma Entidade Reguladora que verifique cada variação nos preços dos combustíveis e faça reflectir as reduções do custo da matéria-prima.

O mercado dos combustíveis tende a ser viciado e espera-se, aqui sim, uma “inversão da tendência”. Vieira da Silva teve coragem para dispensar os “marteladores dos números do desemprego”; falta, em nome do peso dos “custos de contexto” nas empresas e da justiça de preços, criar uma verdadeira Entidade Reguladora dos Combustíveis. Com outra gente e outras preocupações.

Tenham um ano de 2016 com menos aldrabadas (Sauditas, Iranianas, ou caseiras) e reclamem que o governo diligencie qualquer coisinha – tente fazer a diferença.

Ser enganado durante um governo de direita ou ser enganado durante um governo de esquerda é precisamente a mesma treta. Bom Ano!


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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Azulejos. Fernando Pessoa-Saramago-Zeca Afonso.


O desenhador satírico Vasco editou, em cerâmica, caricaturas de Fernando Pessoa, de José Saramago e de Zeca Afonso. Os azulejos, com uma breve biografia no verso, dos autores representados e do cartoonista, estão a ser distribuídos pelo país.

A edição - limitada - está já à venda nos seguintes locais: Braga – LIVRARIA 100ª PÁGINA; Chaves – GALERIA ANTIGONA; Vila-Real – LIVRARIA BRANCO; Porto – UNICEPE (Praça Carlos Alberto); Óbidos – LIVRARIA (S) LER DEVAGAR; Ericeira – Papelaria OVNI; Lisboa – LER DEVAGAR (Lx Factory); LIVRARIA LER (Campo de Ourique), LIVRARIA LELLOS (R. do Carmo), LIVRARIA FERIN (R. Nova do Almada), LIVRARIA LETRA LIVRE (Calçada do Combro),LIVRARIA BARATA (Av. Roma); PUBLICAÇÕES EUROPA-AMÉRICA (Marquês de Tomar) também na Parede e no Estoril; Algés - LIVRARIA ESPAÇO; Amadora – LIVRARIA PALAVRAS DE CULTO; Cascais – LIVRARIA GALILEU; Almada – Feira do Livro (PÁGINA A PÁGINA), Setúbal – LIVRARIA CULSETE; Sines – LIVRARIA BLUEMEL; Tondela - ACERT; etc, sendo o etc outro tipo de pontos de venda ou que não vendem o tríptico.

Os azulejos estão ainda disponíveis por especial cortesia em Lisboa na ASSOCIAÇÂO 25 DE ABRIL (Rua da Misericórdia, 95) e no Teatro A BARRACA (Largo de Santos,2).

Encomendas para venda através do distribuidor: e-mail gavetadefolhas@gmail.com



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domingo, 13 de dezembro de 2015

Claraboia de José Saramago - A Barraca.



Encenação e Dramaturgia 
  Maria do Céu Guerra

Adaptação
João Paulo Guerra

Cenografia
José Costa Reis

Quinta a Sábado
 21h30
Sábado e Domingo
16h00


TEATROCINEARTE - Largo de Santos, 2 - Lisboa


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Cesariny na Neupergama


A Galeria Neupergama, que ontem comemorou 35 anos, 

homenageia Mário Cesariny.

A exposição encerra a 14 de Fevereiro de 2016.

Das 14 às 19 horas – 4ª,5ª,6ª,Sábados, Domingos e Feriados. Fecha Segundas e Terças-Feiras.


GALERIA  NEUPERGAMA - Rua Miguel Bombarda, 15 e 19 Torres Novas

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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Passadores, escorredores e outros filtros.



A troika só sairá de Portugal quando Passos Coelho sair” poderia ter sido um útil sound bite de António Costa. Os jornalistas não adotaram esse como não quiseram passar outros.

A campanha eleitoral que agora termina é a primeira em que a generalidade da chamada comunicação social (toda?) tomou partido, ora às claras ora de forma subliminar.

A CDU e o Bloco tiveram de atacar o PS. Independentemente das divergências políticas, que as há e muitas, se não atacassem António Costa forte e feio não teriam a presença que tiveram nos jornais, rádios e televisões, dominados pela máquina do PSD; editores, jornalistas e jornaleiros, comentadores e mentideiros.

O Livre desapareceu dos favores da comunicação social, apesar de ter quadros mediáticos já feitos e tarimbados (não precisavam inventar personagens) por isso mesmo; não fez do ataque a António Costa o móbil da campanha.

No dia seguinte às eleições se verá as consequências destas estratégias de sobrevivência. Caso António Costa perca e seja substituído por qualquer Assis; – o que vão fazer as esquerdas no Parlamento, com um PS revirado a suportar o governo de Passos Coelho. Um bloco central sem discordâncias de fundo e a continuação da austeridade – desta vez a pedido.

António Costa não descolou nas sondagens porque teve contra, além dos partidos da esquerda e da direita, quase todos os passadores de mensagens e comentadores encartados. Passadores modelo coador, que filtraram e manipularam as mensagens da oposição que podia obrigar Passos Coelho a sair.

Mas votem, é o meu apelo: Pelo menos para que a percentagem que agora vota contra a coligação do governo seja uma grande maioria.


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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

As poupanças de Bernardo Ferrão


Oclarinet… às duas por três partiu…às duas por três chegou. 

Um pouco “pra poder recuperar/ o direito a respirar”. Olá! Sérgio Godinho!!! Para espirrar o ar inquinado e sufocante com que o jornalismo desfigurado, deste equinócio até solstícios adjacentes, contamina a nossa existência.

Bernardo Ferrão, jornalista promovido nesta época - para esta época, comentava antes de ontem os jornais do dia, no Jornal das Dez da “SIC Notícias”.

Dizia o comentador/jornalista (!) que o título do jornal Público “ Portugueses nunca tiveram tanto dinheiro em depósitos à ordem” levava-o à conclusão “que os portugueses aprenderam alguma coisa com o que se passou nos últimos quatro anos”… “perceberam que é preciso poupar”. Daí, Bernardo Ferrão disse que era levado a “outro raciocínio”. E raciocinou; “O Partido Socialista aposta muito em dar mais dinheiro aos portugueses porque dessa forma aumenta o consumo, dessa forma estimula a economia e cria emprego, etc.” e concluiu a dúvida existencial/essencial; “-será que os portugueses, se tiverem mais dinheiro, vão gastar mais, ou optar por poupar como se sugere aqui?” (SIC)

Santinho! Os que têm para guardar, e a alguns sobrou dos bens que tiveram de vender para pagar dívidas, têm o dinheiro à ordem porque os juros baixos dos depósitos a prazo não pagam o risco da banca trafulha. “Aprenderam alguma coisa com os últimos quatro anos” e querem o seu dinheirinho disponível em vez de jogado em segredo pelo sistema financeiro. Quando 60% dos activos da banca estão à ordem é porque não há confiança no sistema. Os juritos não justificam o risco, ponto.

Quanto ao perigo dos portugueses terem dinheiro para gastar (que raio de campanha) ou não consumirem, é evidente confusão de Bernardo Ferrão. Para azar, hoje o mesmo Público titula “Poupança das famílias recua com aumento do consumo”. É o INE a baralhar o argumentário do governo e de quem lhe dá apoio lançando dúvidas apenas sobre os programas da oposição.

Eu não tenho como poupar, ontem cortei-me num dedo com uma faca e a minha mulher disse sem humor nenhum, indiferente, ”aproveita para ver a glicémia”. Vi, tinha 138. Poupei uma picadela, é certo, mas beneficiei com a facada? Isto é que é uma dúvida Sr. Bernardo/comentador/jornalista.

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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Embargo russo prejudica Portugal.

Nova guerra fria prejudica produtores. Ago.2014
 
A Rússia respondeu às sanções aprovadas na semana passada pelos ocidentais decretando um embargo total à importação de produtos alimentares oriundos dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Canadá e Noruega.

Tomate, maças, peras e marmelos portugueses, entre outros produtos agroalimentares exportados para a Rússia, pelos produtores nacionais, estão abrangidos pelo embargo anunciado por Moscovo.

Mais de dois séculos de tentativas de normalizar o comércio entre a Rússia e Portugal, e após os bons resultados obtidos pela actual geração de produtores portugueses, a política (que nada fez para abrir as portas russas) vem arruinar os esforços daqueles que neste país trabalham para criar riqueza.

O primeiro-ministro russo Dimitri Medvedev disse que o embargo, decretado por um ano, poderá ser levantado se os parceiros da Rússia demonstrarem uma abordagem construtiva. Citando do Público: “Espero sinceramente que o pragmatismo económico prevaleça sobre considerações políticas estúpidas (…) ”.

Medvedev pode esperar sentado - e os exportadores nacionais também – políticas estúpidas são o forte deste aliado pateta das políticas estúpidas dos Estados Unidos.

Com o embargo ao Irão assinado também por Paulo Portas aumentou-nos o preço dos combustíveis, com estas sanções “ocidentais” vai aumentar o desemprego  na Europa (sobretudo na Alemanha e na Itália) e é mais uma bordoada no “motor português das exportações”.

Em nome de uma Nova Guerra Fria…! É mesmo - política muito estúpida!!!

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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Novo Banco. Crimes dentro e fora do BES.

Fraude no BES.Ago. 2014
Novo Banco na falência do BES

Os mafiosos da banca alargaram o buraco do Grupo Espírito Santo ao banco BES com a complacência das autoridades e a cumplicidade dos homens de mão na comunicação social (económica e não só).

A fraude que criou hoje o Novo Banco vai custar dinheiro aos contribuintes - e não é só os juros do empréstimo da troika. Vai custar em falências, em desemprego, em destruição da economia real, para além das minudências do possível aumento das taxas bancárias dos comparsas do Fundo de Resolução.

Cavaco, Passos Coelho, todos os comentadores encartados ao serviço da ideologia do governo e o Banco de Portugal, andaram a adormecer o pagode.

A almofada que Carlos Costa anunciou na Comissão de Orçamento e Finanças da AR como “suficiente para tapar eventuais buracos” serviu para tapar a boca durante duas semanas à opinião pública. Enquanto isso e até ao último instante desviaram-se milhões do BES e destruiu-se a sua cotação em bolsa.

As dívidas que a actual administração (Vítor Bento) do BES entretanto pagou; em montante e a quem, é algo que é preciso saber. Os activos que conformam o “banco mau” e o provisório “Novo Banco” não se conhecem; ora, e como se viu no BPN, é aí que está o “grande negócio” da futura venda do “Novo Banco”.

O resgate do BES com dinheiro público é um facto (dívida pública da linha troika). Salva-se o banco com a injecção de 4,9 milhões de euros (sete vezes mais que o valor de mercado do BES) e Carlos Costa diz que “não terá custos para o erário público nem para os contribuintes”.

As “almofadas” de Carlos Costa são agora para tapar os olhos e os ouvidos dos portugueses. Para intoxicar, que isto nos produtos tóxicos anda tudo ligado; Passos nas calmas de férias no Algarve, fortunas pessoais dos Espírito Santo e demais gestores em bom recato, créditos bancários às empresas a desaparecerem.

Precisam-se investigações da Justiça a esta gente e provavelmente investigações à própria Justiça. Isto anda tudo ligado e sempre ligado ao péssimo funcionamento da Justiça em Portugal.

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sábado, 2 de agosto de 2014